Entre o Natal e o Entrudo, são várias as festas que têm lugar em diferentes aldeias do Nordeste Transmontano. Apesar das muitas particularidades de cada uma delas, é-lhes comum a origem pagã e posterior assimilação pela religião católica, a simbologia associada à fertilidade e à renovação, assim como a unidade social, consolidada através do convívio comunitário. Também conhecidas como Festas dos Rapazes, por marcarem a sua passagem ritualizada à mocidade, só recentemente foram sendo protagonizadas também por raparigas, crianças e adultos.

Personagens disfarçadas com diferentes máscaras invadem as ruas, fazem travessuras, bailam ao som do trio composto por gaita-de-fole, caixa e bombo e, no caso das festas de cariz religioso, juntam-se ao peditório e à missa. A ritualidade de cada uma das festas, a folia, a comensalidade comunitária, quebram o tempo isolado e frio do Inverno, juntando as pessoas no espaço público.